Quando seu pesadelo torna-se real…
Os membros do Avenged Sevenfold estavam trabalhando a todo vapor no disco de suas vidas. Então, em um instante, suas vidas mudaram. The Rev morreu. Eles não perderam um baterista, mas um membro da família – um cara que era o melhor amigo do vocalista M. Shadows desde a segunda série na cidade de Orange County em Huntington Beach, e do guitarrista desde a quinta série. Rev se firmou como um dos bateristas mais impressionantes no rock e era adorado não só pela banda, mas por sua família que extendia-se e incluia fãs, desde os primeiros fãs locais quando o Avenged Sevenfold começou há mais de uma década, aos milhões que agora curtem seus discos e estiveram em seus shows memoráveis pelo mundo.
Nightmare, o álbum que a banda trabalhava quando Jimmy Sullivan morreu no final de dezembro, já estava tomando o formato de uma obra-de-arte dark, um conceito de disco que traçava uma jornada de loucura, desespero e sim, morte. As músicas uniram tudo o que o Avenged Sevenfold fez anteriormente em um prisma visionário, trazendo de um lado, um novo ponto de vista e de outro uma intensidade mais concentrada. Eles já foram ao cume da jornada do indie metal-and-beyond com seu debut Sound the Seventh Trumpetem 1999 (gravado quando os membros só tinham 18 anos), através do constante e supreendente, eles destruíram fronteiras com o City of Evil (2005), e Avenged Sevenfold (2007), que fez com que esses cinco amigos se tornassem uma força de rock global, com toda energia que foi gerada por esses garotos em seus shows (mostrado no lançamento CD/ DVD de 2008 Live in the LBC & Rough Diamonds). Mas agora, vida real – perda real – — isto quase se tornou trivial. Mesmo continuar trabalhando no disco pareceu impossível, sem importância para Shadows, os guitarristas Synyster Gates e Zacky Vengeance, e o baixista Johnny Christ.
“Íamos ver se conseguiamos escrever uma ou duas músicas,” disse Shadows nos que dias que seguiram após a morte de Rev. “mas não conseguimos. Não tínhamos cabeça para isso. Sentados lá, tentando imaginar progressões de acordes e partes de guitarra, pareceu ridículo.”
Mas a banda logo percebeu que era impossível não continuar, isso seria quase que uma traição com o legado de Rev e seu amor por ele. Ele fez um papel importantíssimo na composição e elaboração das faixas que foram demo do disco, e justo quando faltavam poucos dias, ele morreu, ele teria completado sua última conquista, expondo cruamente suas emoções na música “Fiction” que agora parece ter previsto sua própria morte a mostrado a seus amigos que de certo modo, eles teriam que continuar sem ele.
A maioria das letras foi reescrita, o baterista Mike Portnoy (da banda Dream Theatre) foi trazido para fazer o que, em teoria, era inimitável, o produtor Mike Elizondo (Dr. Dre, Eminem, Regina Spektor) ficou para ajudar todos a se erguerem nessa ocasião transcendental “Nightmare” (o primeiro single), “Welcome To The Family,” “Buried Alive,” “God Hates Us,” “Victims,” o épico final “Save Me” – músicas terminadas antes e depois da tragédia – todas tomaram nova profundidade de emoção e significado. Synyster Gates ficou emocionado ao escrever a letra pela primeira vez, expondo seu luto em “So Far Away.” E Nightmare se tornou verdadeiramente o disco de suas vidas, ele se tornou literalmente o disco da vida e conquistas de anos de Rev documentando as experiências mais intensas e pessoais que qualquer um possa imaginar.
“É sobre o que estávamos sentindo naquela hora e continuamos sentindo,” disse Shadows. “Quando acontece pela primeira vez. É muito mais intenso. Agora percebo que temos que viver com isso, que nunca vai mudar. O disco está muito diferente, se não tivéssemos expressado isso logo quando aconteceu. Estávamos mais vulneráveis e queríamos mostrar isso”.
Sinos tristes abrem a primeira música “Nightmare,” rapidamente colocados de lado pela bateria furiosa de Portnoy, inspirado pela aparente batida incomparável do Rev, logo seguida das loucas guitarras de Gates e Vengeance e antes de Shadows invocar o labirinto mental desnorteante do título. Enquanto há um vazio natural por todo o disco – We all have emptiness inside, we all have answers to find, but you can’t win this fight, ele canta em “Welcome To The Family” – há também um grande senso de auto descoberta, epifanía e redenção não só nas letras, mas no escopo da inventiva, se tornando música.
Duas músicas que rapidamente se tornaram âncoras do disco foram “Buried Alive” e “Victim”, a primeira um antigo grito de angústia e desespero, a segunda procurando significado na perda, com altíssimas variações gospel & soul de toques vocálicos, sem a utilização de palavras, feitos por Clare Torry, lembrando Dark Side of the Moon do Pink Floyd.
“‘Victim” “é sobre o dia que soubemos” disse Shadows, que estava viajando quando soube. “Eu voltei, preso no trânsito, chorando, conversando com sua mãe, E todos vieram para minha casa. Então, é sempre assim, todos juntos. Muito profundo, mas transparente ao mesmo tempo. Descrevendo tudo, sem segurar nada. Fizemos isso de tantos jeitos neste disco. Syn escreveu ‘So Far Away,’ uma carta aberta a ele, e ‘Buried Alive’ é sobre como estávamos nos sentindo naquele momento — Can’t breathe, the whole world has changed.”
“Fiction” era a música que Rev tinha acabado de terminar, que ajudou a acabar com qualquer dúvida sobre continuar.
“Ele não gostaria que parássemos, e se fosse qualquer outro de nós, seria a mesma coisa”, disse o baixista Christ. “Principalmente já que ele tinha escrito a música. ‘Fiction’ é 100% dele. Você quer que as pessoas ouçam o quão brilhante Jimmy realmente era, suas composições, assim como sua bateria. Muitas pessoas sabiam como ele era incrível como baterista, mas poucos sabiam o papel dele nas composições.” “Fiction” representa uma parte muito emocional do disco, mesmo que o título seja tristemente irônico. As palavras são ao mesmo tempo perturbadoras e consoladoras:
“Eu sei que você vai encontrar seu caminho, não estarei com você essa noite” escreveu Sullivan.
“Esta música prova que cada aspecto de nosso amigo e cada aspecto do Avenged Sevenfold é mais que uma banda comum”, disse Vengeance. “Jimmy, que era um cara talentoso, compôs uma das músicas mais visionárias, basicamente despedindo-se de todos, terminando dias antes de morrer e ele queria que ela se chamasse ‘Morte’. É uma música diferente de tudo o que já ouvi. Isso é o que chamamos de verdadeiro artista, que tentou criar algo nunca antes realizado, de um modo que toca as pessoas, e sua voz está nela, a única música no disco com sua voz.
E é com “Save Me” que o disco – e a banda – vão ainda mais longe e fundo do que nunca, enquanto que ao mesmo tempo, completam o ciclo das raízes e emoções cruas dessa aventura que é a vida. “É minha música favorita,” disse Shadows. “Muito Rush, Dream Theater, mas com nossas peculiaridades. Nós não tocamos muito e tentamos manter o foco. Se vai fazer uma música de 11 minutos, você não pode entediar as pessoas. O riff é o primeiro riff que fizemos para essa música. Aquela coisa do dund-dund-dund , Jimmy estava tocando aquilo, uma coisa de tocar brincadeira. A mais legal de todas, aquele padrão kick-drum e quando ele acelera a caixa, por todo o lugar. Nós tentamos escrever a música para que ela se encaixasse. Jimmy escreveu a maior parte da música – era de 15 minutos e nós começamos a reduzir. Foi na primeira que escrevemos e a última que terminamos. Tínhamos que chegar ao ponto onde tudo funcionava. Estou tão orgulhoso disso. O final é difícil de ouvir, mas é perfeito. Se você ouvir e continuar de volta para o começo de ‘Nightmare,’ você completa o ciclo.”
Como um todo, o disco se baseia em tudo, desde as primeiras influências e inspirações que uniu os músicos em suas juventudes ao vasto espectro de preferências que esses amigos desenvolveram durante todos esses anos, alcançando muito além dos universos do rock e punk que alguém possa esperar.
“Não seríamos o Avenged Sevenfold se não tivéssemos experimentado todo tipo de música nos nossos cérebros,” disse Gates. “Vindo de um background onde ouvindo tanta música e tendo músicos que as entendem, e podem entrar na cabeça dessas pessoas tocando nesses discos e produzindo. Essa banda tem talento para isso. Quando vamos para outros gêneros, acontee naturalmente. Nós vivemos e respiramos isso. Músicas tipo ‘Fiction’ – é uma despedida completa. Para mim, isso é um pouco do Jimmy e eu quando éramos crianças, foi como o conheci. Músicas tipo ‘Tonight The World Dies,’ é devagar, mas não é uma balada. Nós crescemos ouvindo Stone Temple Pilots e Alice In Chains, coisas do tipo. Então você tem ‘Save Me,’ a música perfeita do Avenged Sevenfold”. “Sem dúvidas quanto a ela se tornar uma futura favorita dos fãs.”
Os dois Mikes – Elizondo e Portnoy – cada um transcende qualquer coisa convencional em suas participações, indo além do esperado. Elizondo já estava a bordo quando os trabalhos formais começaram, bem antes da morte do Rev. Para alguns, pareceu uma mistura estranha, mas não para a banda. “Ele nos procurou, querendo fazer um disco como fã da banda e como músico,” disse Vengeance. “seu repertório consistia na sua maioria de rap, um pouco de country, pop, hip-hop.”
Foi aquela vasta experiência, e o fato de suas experiências virem de fora do metal, que conquistou o Avenged. O artista que a banda mais admirava, ele adiciona, fez questão de irmos além das fronteiras em nós mesmos. Então uma jogada assim pareceu perfeita.
“Para nós, é como nos rodear de pessoas que amamos, e pessoas apaixonadas pelo Avenged Sevenfold. Todas as pessoas que com quem trabalhamos são antes de tudo fãs, e Mike é um grande fã da banda” disse M. Shadows. “Ter alguém que trabalhou com Eminem e Dr. Dre chegar e dizer, ‘eu realmente amo sua banda’, significa que temos algo mais a oferecer. Não somos uma banda de metal clichê. As pessoas entendem que estamos tentando fazer algo diferente, arriscando. Mas principalmente é sobre ser real e usar todas as nossas qualidades, e ele entendeu isso. Ele veio e pôde passar um tempo conosco enquanto trabalhávamos nos disco com o Jimmy, ele viu quão mágico o Jimmy era. Quanto ele era amoroso, carinhoso, engraçado e, obviamente, um dos melhores bateristas que a Terra já viu, ele sentiu nossa união.”
Portnoy entrou num território particularmente perigoso, tanto em termos de emoções e expectativas de banda e fãs. Mas por ser um fã tanto da banda quanto do Rev, ele chegou com respeito que se comparou ao seu imenso talento.
“Mike é um cara muito legal, um meio de passarmos o legado do Jimmy para a disco,” disse Gates. “Ele disse, ‘Vou passar três dias passando três ou quarto vezes cada música. Acabou em duas semanas e meia, e ele terminou com um sorriso. Ele ficou, compartilhou estórias. Ele foi nosso cavaleiro de armadura reluzente.”
Vengeance completa, “Ele realmente nos ajudou muito, certificando que cada nota era digna do Jimmy, não se desculpou, ele disse que era assim que devia ser feito, nota por nota, do jeito que foi idealizado. Foi um verdadeiro prazer estar ao lado dele, um verdadeiro fã de música e de nossa banda.”
Nightmare marca o começo de uma nova era para o Avenged Sevenfold, o que será ninguém pode prever.
“Isso é desconhecido,” disse Christ. “não posso dizer o que vou sentir amanhã, queremos mostrar isso numa tour, e então fazer o nosso melhor para levar e continuar o legado. A meta de hoje em diante, quando dissemos que iríamos fazer esse disco, não faríamos meia boca. É o disco do Jimmy e os fãs vão adorar, e queremos que todos entendam o que aconteceu no processo.”
n~ aguentei chorei ao lembrar de Rev ele foi um grande beterista!!!sempre estara em nossos coracoes!!!
Achei que o A7X foi uma das meolhores atraçoes do SWU de 2010, queria mto que repetissem em 2012
Realmente queria que o Avenged Sevenfold viesse pro SWU em 2012, foi um dos melhores shows do SWU de 2010, acho q devereia se repetir
Os melhores! Queria que viessem de novo em 2012 :\
por favor peço,q me avisem quando sera o proximo show aq no brasil,certo…
nunca fui num show de avenged sevenfold ou a7x mas é meu sonho,é a minha banda preferida banda californiana como avenged sevenfold não há não tem nada a ver com que os que gostam de forró,axé e outros estilos de músicas dizem que é coisa de demonio mas não pode falar de demonio como nigtmare mas é feita com amor.Agora quantos cantores, vocalistas, bateristas de uma banda de forró, axé já fizeram tatuagem de parseiro da banda que já morreu como slipknot.
Meu primeiro show do Avenged foi no SWU, e foi incrível, um dos melhores dias da minha vida, se não o melhor! Nunca chorei tanto como naquele dia. Lembro de todos os detalhes, dos intervalos dos shows anteriores e todo mundo gritando “Sevenfold, Sevenfold, Sevenfold,…” , e o show do Cavalera foi aquele que me deixou suuper aflita, pois o do Avenged era o próximo. Eu nunca ia imaginar que o Avenged pudesse ter tanto fã assim por aqui, pra qualquer lugar que eu olhava eu via alguém com uma blusa da banda, foi simplismente único! Então quando vi no telão aquele “SWU Music & Arts apresenta… AVENGED SEVENFOLD” caaara, comecei a gritar, berrar igual uma retardada, rs! Eu chorei muito quando olhei para aquela bateria gigante e o Rev não estava lá, não conseguia acreditar, e até hoje eu não acredito mesmo. E eu posso dizer também que aqueles cinquenta e poucos minutos foram os melhores da minha vida! Uma parte ruim foi que eu tava de pista comum, então não consguia ver direito, com todas aquelas pessoas pulando, te esmagando e tal. Mas esse ano, quando eles voltaram em abril eu comprei pista premium pro show aqui do Rio, então pude ver melhor, fiquei a 3 metros do palco! Mas o SWU, toda aquela adrenalina, 7 horas de viagem pra ver aqueles marmanjos tatuados, um friiiiio de 5ºC do lado de fora quando acabou o show, eu e minha amiga de short e casaco quase morrendo de tanto frio e mais duas horas e meia pra achar a nossa van no meio das centenas que tinham lá! Mas cara, isso definitivamente não tem preço, eu faria tuuudo de novo por eles!