Cientistas britânicos conseguiram obter diesel a partir de uma bactérica geneticamente modificada. A descoberta pode ser a alternativa mais viável aos combustíveis fósseis e também ao biocombustível.
Pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, modificaram uma amostra da bactéria E. Coli – que vive no intestino humano e transforma o açúcar que absorve em gordura. A equipe alterou os mecanismos celulares da bactéria para que o açúcar fosse convertido em moléculas de óleo quase idênticas ao diesel convencional, derivado de petróleo.
“Nosso desafio é aumentar a produção antes de chegar a qualquer forma de fabricação industrial do combustível”, disse o professor John Love, pesquisador da universidade. “Nós temos um período de três a cinco anos para fazer isso e depois veremos se valerá a pena seguir em frente”, completou.
Mais sustentável
A União Europeia determina que, até o final desta década, 10% dos combustíveis utilizados dentro do bloco sejam compostos de biocombustíveis.
Apesar de poluírem menos o ambiente, o biocombustível é alvo de uma crítica constante: ocupam grandes áreas de plantio (como o milho, no caso do etanol americano) e inflacionam o preço dos alimentos.
Outro agravante é que nem todos são compatíveis com os motores de carro modernos, fazendo com que entre 5% e 10% tenham de ser misturados com combustíveis fósseis antes de os carros serem abastecidos.
Segundo os pesquisadores, o diesel da bactérica não enfrenta esses problemas. “Nós conseguimos obter um combustível que tem exatamente a composição exigida pelos motores modernos”, afirma. “Podemos até chamá-lo de “biocombustível fóssil”, conclui o professor Love.
As informações são da BBC.