As tampas das garrafas de vidro geralmente ficam fora do processo de reciclagem e acabam virando lixo. Para a ONG Onda Carioca transforma as tampinhas em broches e imãs personalizados.
Para conscientizar a população que a reutilização desse objeto é possível, os quiosques das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, ganharam 30 postos de coleta de tampas de garrafas de vidro. A intenção é recolher 50 mil tampinhas em 3 meses, período em que o projeto passará por testes.
“A tampinha de metal é a única que não tem reciclagem, em comparação com as de plástico, entre outras. Então resolvi criar as ecotampas, que as transforma em broches e imãs personalizados. Há dois anos que faço esse trabalho. A meta nesse período é reciclar 50 mil tampinhas e expandir o projeto para todas as praias”, disse Júlio César Gomes, fundador da ONG, em entrevista à Agência Brasil.
O trabalho com a reciclagem de tampas já deu bons frutos. Só no ano de passado, a prefeitura do Rio encomendou quatro mil broches apresentando a Olimpíadas de 2016, que foram levados para em Londres. Outros quatro mil foram distribuídos durante a Rio+20, realizada em junho do ano passado.
Capacitar a comunidade
A ONG ficará responsável por recolher o material coletado pelos quiosques. Um profissional passará em um tricilo baú, retirando o material dos coletores, fazendo a manutenção dos equipamentos, pesando os resíduos e transportando-os para a base Onda Carioca na Favela do Canal das Tachas, Recreio dos Bandeirantes.
O projeto também capacitará pessoas da comunidade para que aprendam a técnica de transformar tampinhas em Ecotampas. Depois, os souvenirs voltam para as barracas de praia para serem vendidos ao preço de R$ 4. Parte da renda fica com o dono do quiosque e a outra parte vai para os profissionais da favela.