Prefeitura pede ajuda de skatistas para revitalizar áreas do Centro de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo se uniu aos skatistas para traçar um plano de recuperação de áreas degradadas do Centro da cidade. O objetivo é identificar os locais abandonados na região e adaptá-los ao esporte, atraindo não só skatistas como também outros públicos.

Todo o mapeamento será feito por um grupo de skaters, entre eles o vice-presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), Edson Scander. “Há um aumento no número de pessoas que se interessam pelo skate e elas precisam de um lugar adequado para praticar, fazer manobras”, explica.

Além de praticarem em lugares apropriados e, assim, garantirem a segurança dos pedestres, Marcos Barreto, subprefeito da Sé, acredita que eles também serão capazes de dar uma “nova vida” ao local. “Eles vão nos ajudar a reabilitar áreas que hoje viraram depósito de entulho. Todos saem ganhando, inclusive os demais moradores da capital”, disse Barreto em entrevista ao site Rede Brasil Atual.

Segundo informou o subprefeito ao site, alguns lugares pré-selecionados devem passar por reformas até o final do ano.

Mapa do skate

Um dos pontos a ganhar uma skate plaza, um complexo com pistas e obstáculos para manobras, será a Praça Roosevelt, já reduto do grupo e onde, no início deste ano, um skatista foi agredido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) – episódio que acabou desencadeando a aproximação da prefeitura e a CBSk.

O Parque Dom Pedro II também deve ser transformado num parque para a prática não só de skate, mas também de outros esportes radicais. Outras três áreas pré-selecionadas são a Baixada do Glicério; na Praça Julio Mesquita, na esquina das avenidas São João e Duque de Caxias; e embaixo do Viaduto do Café, na Bela Vista.

Além do mapeamento, a CBSk fará uma campanha de conscientização, com orientações de melhores horários para a prática e respeito aos outros visitantes do local. “Há anos a gente solicita lugares adequados para nós. Algumas áreas são perigosas ou muito distantes ou ainda estão sucateadas. Ter essas skate plazas na região central é uma conquista”, define o vice-presidente da CBSk.

No entanto, Scander alerta que o skate não vai sumir das ruas, como no caso da Avenida Paulista, onde pedestres e skatistas, muitas vezes, disputam espaço. “É preciso entender que skate também é meio de transporte e temos o direito de ir e vir. Mas, é claro, deve prevalecer o bom senso”, disse em relação ao cuidado com o pedestre e o trânsito.

 

 

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