Quem usou o Bike Sampa, sistema de aluguel de bicicletas em São Paulo, nos últimos dias, pode ter se frustado bastante. Algumas estações falharam e os usuários não conseguiram retirar as bicicletas.
No último domingo (25), o Portal SWU acompanhou a saga da analista de desenvolvimento de negócios Carolina Oliveira, de 26 anos. Ela foi a quatro estações – três delas na Alameda Jaú, nos Jardins, e uma na Alameda Santos, perto do Metrô Brigadeiro – e não conseguiu pegar nenhuma bicicleta. Todo o processo foi feito corretamente: Carolina ligou para o Bike Sampa, digitou o número da estação, a posição da bike, a luz verde que indica a liberação da “laranjinha” apareceu, mas a bike ficou presa na estação.
Segundo a assessoria de imprensa da Samba/Serttel, responsável pelo Bike Sampa, a chuva atrapalhou o pleno funcionamento do sistema. “Por conta das fortes chuvas que caíram durante a semana na cidade de São Paulo, as estações do Bike Sampa, que operam via 3G e GSM, tiveram seu desempenho prejudicado por conta da oscilação do sinal, dificultando em alguns momentos a retirada de bicicletas via app”.
Cansada e faltando 30 minutos para a ciclofaixa da Avenida Paulista fechar, Carolina desistiu de tentar pela quinta vez. “Como você vê muita gente usando, você continua. Vai de estação em estação, mas não consegue. É desestimulante”, afirma a analista. “Já usei o Bike Sampa antes, às vezes vou para a academia de bicicleta, mas essa não é a primeira vez que tenho problema”, completa. Carolina também reclama do aplicativo para smartphone que nunca funciona bem.
Débito
O aluguel por 30 minutos no Bike Sampa é gratuito – para ter direito ao serviço, basta fazer o cadastro e pagar a taxa única de R$ 10 reais, que funciona como uma matrícula. Caso o usuário pedale por mais tempo, são cobrados R$ 5 a cada meia hora adicional.
Esse débito automático é outra preocupação para a analista de negócios. “O processo foi concluído, a luz da trava ficou verde, mas a bicicleta continuou presa. O sistema entendeu que eu peguei bicicleta e vai passar a contar os minutos que “estou” com ela”, ironizou.
Na mesma estação que Carolina teve dificuldades, outro usuário saiu sem pedalar. O estudante mexicano Adriano Troto, de 22 anos, estava acompanhado do também estudante Marcelo Gerabi, de 21 anos, que retirou a bicicleta em uma estação da Consolação. Adriano não teve a mesma sorte que o amigo ao tentar retirar a única bike disponível na estação em frente à praça Alexandre, na Alameda Jaú. “É um pouco frustrante, vou perder mais tempo indo a outra estação. E minha ideia era andar na ciclofaixa da Paulista e me falaram que fecha daqui a pouco”, lamentou o turista.
Para a publicitária Eliane Andrade, de 37 anos, a dificuldade foi devolver a bike em uma estação. Ela, que queria andar por apenas 30 minutos, não conseguiu achar estações no Paraíso, zona sul de São Paulo. “Não conheço a região. Então, abri o aplicativo do celular, mas ele não carregou. Então, tive que fazer todo o percurso novamente e deixar a bicicleta na mesma estação que peguei”, conta.
O Bike Sampa conta atualmente com 95 estações, 950 bicicletas e, desde o início das atividades, em maio do ano passado, mais de 130 mil viagens já foram realizadas. O projeto ainda prevê que até 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, cerca de 3 mil bicicletas estejam disponíveis em 300 estações espalhadas por todas as regiões da capital paulista.
(Caroll Almeida)
Falar que foi a chuva é uma resposta bem preocupante, porque demonstram claramente não assumirem ser o sistema falho, ou seja, que nada estão fazendo para melhorar.
Usei a Bike Rio com mais 3 amigos durante 1 semana e funciona perfeitamente sem ter dado erro em nenhum momento na estação ou aplicativo (e sim, teve dia que choveu).
E falar em oscilação do sinal, depois de tentar 5 estações e ficar mais de 1 hora tentando, acho q não é o caso né. O sistema é falho. FATO
Lamentável uma cidade como São Paulo ter um serviço de Bike PÉSSIMO como esse.
HOJE 20.03 ESTAÇAO 32 NAO FUNCIONOU.
DEIXEI 20 REAIS POR LA. :/