O francês Alex Courtès, que dirigiu videoclipes de bandas como White Stripes, Justice e U2, foi o grande nome do último painel do Music Video Festival, o m-v-f-, que rolou no Museu de Imagem e do Som (MIS) no último sábado (19). Courtès falou sobre a mudança na indústria com a chegada do Youtube e disse que não acredita no fim do videoclipe.
Em entrevista ao Portal SWU, o diretor falou do baixo investimento das gravadoras no formato, mas que ainda vê futuro no “sistema”. “As pessoas sempre terão curiosidade para saber como é seu artista favorito, a forma com que ele se porta, a mensagem que geralmente é passada só no audiovisual. O videoclipe não está morrendo”, disse, completando com um irônico, “só agonizando. Mas eu não me importo”.
Com a saída dos clipes da TV para o Youtube, os investimentos no formato também caíram, mas Courtès agradece e vê vantagens nessa migração. “Perdemos grana, mas ganhamos em liberdade. Agora podemos exercer um lado criativo que era censurado na televisão, o que para um diretor é muito positivo”, afirma.
Além de Alex Courtès, participaram do painel “The French Kiss” outros nomes importantes da cena francesa, como Ophélie Beaurepaire, criadora do festival Photoclip, o produtor Jules de Chateleux e a dupla de DJs Acid Washed.
Mais cedo, no painel “Unha e Carne: processos colaborativos”, diretores como Fernando Del Reginato, Kátia Lund e Gandja Monteiro falaram sobre a relação entre o artista e o diretor na hora de montar o roteiro de um clipe.
O festival terminou com o anúncio dos vencedores do m-v-f- Awards, que premiou o melhor videoclipe nacional e internacional segundo a escolha do júri e do público.