Luzes, pisca-pisca e enfeites luminosos em todo canto. Assim é dezembro na maioria das casas brasileiras e também nos municípios, já que a Prefeitura não mede esforços para transformar a cidade na época do Natal. Mas você já parou para pensar nas consequências ambientais dos enfeites natalinos?
Deixar a casa bastante iluminada no Natal pode significar um aumento de 10 a 15% no consumo de energia, segundo a especialista e light designer Patrícia Passos. “Mas, claro, tudo depende do tamanho da decoração que se faz”, explica.
O bacharel em direito Frederico de Freitas, de 27 anos, diz que a conta de energia em casa sobe uns R$20 reais por causa dos enfeites espalhados pela sala. Para ele, o aumento é irrisório perto da alegria do Natal. “A casa fica mais bonita, fica mais iluminada, manter a tradição natalina ajuda a manter viva aquela sensação de renovação”, acredita.
Econômica e durável
Para a especialista Patrícia Passos, não é preciso sobrecarregar o consumo de energia para manter o espírito natalino. Para quem não abre mão das luzes coloridas, o ideal é abandonar os tradicionais pisca-piscas incandescentes e investir nos feitos com lâmpadas de LED, mais econômicos e duráveis e, por isso, mais ecologicamente corretos.
A light designer explica que a corda ou pisca-pisca incandescente – muito utilizados nas árvores de natal e nas portarias de prédios – chega a gastar de 20 a 25 watts por metro. O mesmo metro com lâmpadas de LED consome apenas 4 watts, uma economia significativa.
O problema é o preço. Um pisca-pisca tradicional, com lâmpada incandescente, custa em média R$5, já o mesmo enfeite de LED sai por volta de R$30. “Mas é preciso pensar na durabilidade”, avalia Patrícia.
A parte de fios, plugs, plástico e lâmpadas são mais resistentes. “Os tradicionais são trocados a cada Natal, pois queimam fácil. Os de LED duram 8 anos”, completa. Ou seja, menos acúmulo de lixo.