O governo do Azerbaijão resolveu mexer no bolso de quem polui o país e criou o “imposto verde”. Ou seja, contaminou, pagou. A dura medida é vista com bons olhos pelos ambientalistas do local.
O país, que faz fronteira com a Europa e a Ásia, é mundialmente criticado por degradar o meio ambiente. Os problemas passam pela contaminação da faixa costeira do Mar Cáspio, desmatamento em grande escala e a má qualidade das estações de tratamento de esgoto.Segundo dados e críticas dos ambientalistas azerbaijaneses, as indústrias petroquímicas e fábricas de cimento e concreto são os principais poluidores.
Atualmente, essas empresas já pagam ao Fundo Estatal de Proteção Ambiental entre US$ 130 e US$ 500 por tonelada de poluição atmosférica ou hídrica que esteja dentro da cota permitida. A multa verde, que vai oscilar entre US$ 9,5 mil e US$ 12,7 mil, seria cobrado a partir do momento que a empresa exceder a cota.
Esse dinheiro será usado em medidas de proteção ambiental, como o tratamento da água ao longo do Mar Cáspio até a conservação de florestas.
Os que são contrários ao novo imposto alegam que a cobrança da multa abre precedentes para manipulações. Segundo os críticos, o Fundo não tem controle público e a administração não é transparente. Os dados sobre multas particulares pagas pelas empresas, por exemplo, não são conhecidos publicamente.