Banda de São Paulo constrói o próprio estúdio de ensaio usando apenas material reciclado

Banda Oeste Suez bota a mão na massa e constrói o próprio estúdio

Quando o aluguel de um estúdio de ensaio começa a pesar nas contas de uma banda independente, o que fazer? Construir um próprio não é o caminho mais simples, mas foi justamente o que o grupo Oeste Suez, de São Paulo, fez. A falta de grana impossibilitou a compra de materiais novos, o que não impediu que o estúdio fosse erguido. A solução foi reutilizar.

A banda foi para rua recolher todo o “lixo” que pudesse ser usado para montar o estúdio. “Pegamos caixas de madeira, papelão, jornal, revistas, armários velhos e até um colchão velho que havia sido jogado fora”, conta Giancarlo Boniolo, vocalista da banda.

O papelão, jornais e revistas velhas foram usados para dar acústica ao estúdio. Um carpete preto, também de segunda mão, cobriu o piso e o colchão foi na bateria, para melhorar o som.

R$ 8 mil de economia

A acústica foi feita com paredes revestidas de papelão e papel

O estúdio foi montado em um cômodo pouco utilizado na casa de Giancarlo, mas para ficar perfeito, foi preciso subir duas paredes. “Foi a única coisa que precisou mesmo de dinheiro. Gastamos com materiais de alvenaria e a mão de obra”, lembra. O estúdio pronto ficou por mais ou menos R$ 2 mil. “Se fosse um estúdio zero, com tudo novo, ficaria por uns 10 mil”, completa.

A acústica, segundo a banda, não é 100%, mas não chega a comprometer. “Já tem até gente querendo alugar e ensaiar aqui. Mas por enquanto a gente tem ciúme”, avisa.

A experiência valeu a pena. Estúdio próprio e sem limite de tempo para a banda praticar. Se há alguém que queira seguir o exemplo, a Oeste Suez dá toda força. “Somos a prova de que dá pra fazer. E o melhor é que reutilizando você explora outros materiais que nunca seriam a primeira opção, mas que servem perfeitamente”, conclui.

(Caroll Almeida)