Mais um recorde para o meio ambiente que não é digno de comemorações. Cientistas norte-americanos alertaram que o degelo no Oceano Ártico é o maior registrado desde que o monitoramento da região por satélite começou, há mais de 30 anos.
As imagens feitas pelo centro de monitoramento de gelo e neve dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês), no dia 26 de agosto, mostram que a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km². O recorde de degelo anterior tinha sido em 2007, quando a parte coberta por gelo correspondia apenas 4,17 milhões de km².
Segundo os cientistas, é normal uma diminuição de gelo durante o verão e que, no inverno, o gelo se recompõe novamente. Mas o que preocupa a comunidade científica e as ONGs ambientais é que a extensão de gelo tem ficado menor com o passar dos anos e que o degelo tem ocorrido mais rapidamente. As imagens de satélites mostram que que a cobertura de gelo no verão tem ficado 13% menor que o normal a cada década.
Para se ter uma ideia de quanto o gelo marinho tem diminuido, basta voltar no tempo: no verão de 1979, quando o monitoramento foi iniciado, a cobertura de gelo chegava a 8 milhões de km². De acordo com os cientistas da NSIDC o principal culpado pelo degelo é o aumento das temperaturas, causado pelo aquecimento global.
A situação preocupa o Greenpeace, uma das maiores e mais ativas ONGs de defesa ao meio ambiente. Atualmente, a principal campanha da instituição é a “Salve o Ártico”, que pretende recolher 2 milhões de assinaturas em uma petição que pede a criação de um santuário ecológico.