Um grupo com cerca de 2 mil índios invadiu o prédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no Rio de Janeiro após uma passeata da Cúpula dos Povos. Funcionários do prédio tentaram barrar os manifestantes, que estavam de trajes típicos e carregavam arcos e flechas.
Depois da confusão, por volta das 13h30, 12 índios, que representavam tribos diferentes, puderam entrar no edifício para reivindicar ações contra o desmatamento e contra a usina de Belo Monte. Segundo os líderes, empreendimentos financiados pelo BNDES em terras indígenas afetam a vida das aldeias.
Em reunião com o vice-presidente da instituição, João Carlos Ferraz, foi decidida a formação de uma comissão de cinco representantes indígenas que será recebida para uma nova reunião, marcada para julho. Segundo nota divulgada pelo BNDES, o objetivo é que as lideranças e o banco elaborem uma agenda de trabalho conjunta. A reunião desta tarde durou cerca de uma hora e foi cordial.
Depois, os índios deixaram o edifício do banco e seguiram em direção ao prédio da Petrobras, mas não houve tumulto. No caminho, dançaram e cantaram músicas de protesto. No fim da tarde, os manifestantes voltaram para a Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo.