Você, de cara, ligaria as palavras “inclusão social” e “sustentabilidade” a um estabelecimento nos Jardins, região que concentra grande parte do comércio de luxo de São Paulo? Pois é exatamente com o que se preocupa a loja Ponto Solidário , uma associação que trabalha há 10 anos com o conceito de trabalho justo e que tem como prioridade divulgar a diversidade do artesanato feito em cada canto do país.
A Ponto Solidário quer dar um novo status ao artesanato brasileiro. “Há um certo preconceito, muitos veem o artesanato como coisa de rua, de camelô. Artesanato é arte e deve ser valorizado”, conta Odile Sarue, uma das idealizadoras do projeto.
Além de enaltecer o produto, a associação engrandece também o produtor. São beneficiadas mais de 130 cooperativas e artesãos, além de diversas tribos indígenas, como os Yanomami, que vivem na Amazônia, e os Mehinako e os Waurá, de comunidades do Alto Xingu.
Mix de produtos
Há desde brincos e colares feitos de sementes como a jarina, típica do Acre, até luminárias de bagaço de cana e sacos de cimento. Na linha da reciclagem, o produto que mais chama a atenção de quem visita o Ponto Solidário é o puff feito de garrafa Pet. “Os clientes ficam surpresos quando viram o puff de ponta cabeça a percebem as garrafas”.
Para Odile o diferencial da associação é justamente o mix de produtos e artigos. “É difícil encontrar uma loja que tenha artesanato de quase todos os estados brasileiros, produtos indígenas, além de produtos reciclados e sustentáveis”, explica. Abaixo uma galeria com os principais produtos da Ponto Solidário.
Há uns 10 dias, as E.I.C.A.Ps ( Escola de tempo Integral do município de Capivari, interior de São Paulo)juntos aos professores e alunos, fizemos uma apresentação na Casa da Cultura com 300 alunos na peça que conta a história dos 180 anos da cidade, e a coreografia que mais se destacou foram utilizados 12 Pufes, sendo reutilizadas 384 garrafas Pets, produzidas pelas professoras de Oficina de Artes e seus alunos.