O que era usado para matar e destruir virou beleza nas mãos da empresa Fonderie 47. A marca transforma fuzis AK-47 confiscados pela República Democrática do Congo em joias e assessórios de alta qualidade.
Fundada em 2009 por Peter Thum e Zapolski John, que estavam preocupados com a enorme quantidade de rifles na África, a empresa já retirou “do mercado” mais de 6 mil fuzis. “Nossa missão com o empreendimento é reduzir significativamente o número e o impacto dessas armas”, disse Thum em entrevista ao site Ecouterre.
Dois joalheiros contratados pelos donos são os responsáveis pela transformação: pentes, canos e gatilhos são derretidos e, depois de remodelados com ouro ou prata, viram brincos, pulseiras e abotoaduras. As joias prontas ganham o número de série da arma usada.
Ter uma joia feita de fuzis não sai barato – um par de brincos custa cerca de US$ 23 mil dólares e as abotoaduras saem por US$ 35 mil. Porém, parte do lucro adquirido com a venda das joias financia ONGs como a Grupo Consultivo de Minas, responsável pela demolição das armas.