Uma notícia nada agradável para o planeta.
A quantidade de gases-estufa, liberados até 2100 pelo derretimento das camadas de gelo do Ártico, chamado de Permafrost, pode ser 5 vezes maior que a prevista. Tal situação pode agravar ainda mais o aquecimento global.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Nature, o volume de gases liberados pelo degelo ainda seria 2,5 vezes mais impactante que as emissões resultantes do desmatamento. Isso porque grande parte do gás emitido será metano (CH4), que tem efeito 25 vezes maior sobre o aquecimento global do que o dióxido de carbono (CO2).
O permafrost é reserva gigantesca de carbono orgânico, que contém restos de plantas e animais que foram se acumulando durante séculos. Com o degelo deste solo, estes materiais começam a se decompor, liberando nocivos gases.
Para os mais de 40 cientistas envolvidos na pesquisa, um bom passo para amenizar o degelo do permafrost é dar continuidade e fortalecer o Protocolo de Kyoto, tema que foi discutido durante a realização da 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17), em novembro do ano passado.