O Rio Tietê, em São Paulo, pode estar praticamente despoluído até 2018. A projeção é da revista norte-americana The Economist, que fez uma reportagem sobre o rio paulista. Segundo a publicação, a limpeza será visível para a cidade daqui a 7 anos, resultado das políticas de despoluição adotadas pelo governo do estado.
O texto da reportagem volta aos anos 90 e lembra o programa radiofônico brasileiro “Encontro dos Rios”, da então Rádio Nova Eldorado AM, que comparava o Tâmisa, que banha Londres, e o maior rio paulista. Na época – 33 mil fábricas e mais de 13 milhões de pessoas despejavam 4/5 de esgoto não tratado no rio – foi criado um abaixo-assinado que recolheu mais de 1 milhão de assinaturas. A mobilização deu início ao Projeto Tietê, o pontapé para a despoluição das águas do rio.
A publicação gringa, porém, destaca que o Tietê ainda é sujo e fedorento. “Os problemas do rio são uma expressão dos problemas da cidade – pobreza e degradação ambiental”, diz um trecho da reportagem.
A ressalva é de que a situação deve mudar em breve, já que o saneamento na cidade de São Paulo está em expansão: hoje 55% do esgoto são tratados. A previsão para 2018 é de 85%. Outro destaque é a construção de áreas de recreação, plantio de árvores e a criação nas margens do Tietê.