Chris Cornell fará apresentação intimista e cheia de hits no SWU 2011

Um banquinho, um violão e a voz de Chris Cornell. Assim, intimista, será a apresentação do músico, que toca dia 13 no SWU Music and Arts Festival 2011. Junto com Cornell, o aclamado músico Alain Johannes, que tocou no SWU em 2010 com o Queens of the Stone Age. Um show acústico no contexto de um mega festival. Insanidade? Até Chris Cornell acredita que sim. “Mas, no final das contas, acho que o rock é justamente essa loucura que beira a estupidez, mas que você insiste em fazer de qualquer maneira”, disse ele, em entrevista ao Portal SWU.

Ansioso para o reencontro com os brasileiros, Cornell prometeu que não vai deixar os sucessos da carreira de fora – nem os solos e tampouco os hits do Soundgraden e Audioslave. Simpático e atencioso, Cornell brincou com o provável setlist e chegou a mencionar que tocaria Madonna, mas logo voltou a falar sério e disse que não vai deixar os fãs desapontados. Além disso, ele deu duas notícias quentinhas para o Portal SWU: está prestes a lançar dois novos álbuns – um solo e outro com o Soundgarden. Veja o que mais Cornell contou pra gente:

Você vai incluir apenas músicas dos seus álbuns solos ou vai cantar também músicas do Soundgarden e do Audioslave?

Eu pretendo balancear e tocar algumas músicas do Soungarden e do Audioslave também. Eu sempre acabo passeando pela minha carreira toda quando faço shows acústicos.

Você poderia citar algum dos sucessos que os fãs vão ouvir no show?

Bom, eu pretendo tocar “Like a Virgin”, da Madonna, que foi um grande sucesso. Brincadeira! Sim, o público pode ficar despreocupado porque vou tocar sucessos da minha carreira, tanto solo quanto no Soundgarden e no Audioslave.

Você pensa em preparar alguma surpresa no show?

Se eu falasse não seria uma surpresa! Mas não sei se eu tenho algo deste tipo guardado, pra falar a verdade.

O seu último disco foi lançado em 2009. Quando vai sair um álbum novo?

Na verdade, eu tenho praticamente um cd inteiro composto para este meu projeto solo, que deve sair lá por maio de 2012. Também estamos escrevendo músicas para o Soundgarden e logo mais deveremos ter um álbum novo pronto pra vocês.

Em 1991 você formou o Temple of the Dog e a banda fez apenas um álbum, que serviu de tributo ao amigo Andrew Wood. Qual a importância desse projeto?

Foi importante porque foi um momento marcante para todos da banda. Acabamos perdendo alguém muito querido pra nós e muito importante tanto como pessoa quanto para música. Éramos jovens e isso nunca tinha acontecido com nenhum de nós (Andrew Wood era vocalista do Mother Love Bone e morreu de overdose em 1990). E também foi importante porque com o Temple of the Dog eu descobri que eu consigo trabalhar com músicos diferentes e criar coisas boas e memoráveis. Esso é o que levo comigo até hoje e só acrescenta sempre que eu componho para meu projeto solo, para o Soundgarden ou para qualquer outro projeto. Tanto que quando o Tom Morello me ligou para falar do Audioslave, a primeira coisa que eu pensei foi nessa experiência com o Temple of the Dog e nos frutos que saíram de lá.

Você prefere carreira solo ou fazer parte de uma banda?

Eu gosto de ter essa mobilidade entre os dois. O legal do Soundgarden é que a gente sempre respeitou os projetos paralelos e solos de cada um, porque isso sempre acrescentava coisas novas ao próprio Soundgarden. A banda sempre motivou estes projetos paralelos e solos dos membros.

O que você espera de um show em um grande festival no Brasil? Está ansioso?

Eu estou realmente empolgado com o festival. Ainda mais considerando que este show vai ser somente violão e voz, então, pode-se dizer que eu estou bem ansioso. Eu já fiz uma série de apresentações acústicas, mas na maior parte das vezes, elas eram inseridas nos shows do Soundgarden ou do Audioslave. E caso não fossem, os shows sempre possuíam um aspecto intimista, nunca foram feitos no contexto de um mega festival. Eu até paro e penso, às vezes, o quão louco é isso, subir no palco sozinho na frente de milhares de pessoas e só cantar e tocar violão. Mas, no final das contas, acho que o rock é justamente essa loucura que beira a estupidez, mas que você insiste em fazer de qualquer maneira.

E você tem alguma mensagem para os fãs do Brasil?

Sim! Eu realmente gostaria de agradecer a todos os fãs brasileiros. Porque eu sempre recebo mensagens por e-mail e pelas mídias sociais de pessoas falando bem das bandas e do meu projeto solo. E a grande maioria dessas mensagens é de fãs brasileiros. Então, eu gostaria de agradecer a todos vocês e quero dizer que estou feliz de poder fazer este show. E também já estamos planejando uma ida para o Brasil com o Soundgarden.