Alice In Chains desafia tragédias e síndrome da troca de vocalista

Temos uma única certeza na vida – e ela incomoda: iremos morrer algum dia. Perdemos amigos e parentes e isso machuca. Como seguir adiante? Não, essa coluna não virou uma coluna de auto-ajuda.

A “síndrome de troca de vocalista” no rock ‘n’ roll é algo constante, mas como uma delicada cirurgia, raramente acaba sendo bem sucedida. Os poucos vitoriosos são tratados como herois, já os derrotados têm sua carreira queimada para sempre.

Como substituir um homem carismático, de frente, aquele que serve de alvo de milhares de olhares todas as noites? Ou você acha que alguém dá bola para o baixista ou o baterista?

Do lado dos vitoriosos temos alguns poucos exemplos de grupos que trocaram de vocalista e se deram bem comercialmente falando: AC/DC, Deep Purple, Iron Maiden, Black Sabbath, Van Halen. Do lado dos perdedores, todos os demais.

Mas de qual lado do jogo estaria o Alice In Chains?

Eles, os mestres da melancolia de Seattle, situados no meio de um furacão repleto de demônios e tragédias pessoais, ilusões do estrelato e pesadelos químicos, estão de volta ao Brasil depois de muitos anos.

Na formação trazem a dor da perda do primeiro vocalista, Layne Staley (morto em 2002, vítima de overdose) e do baixista Mike Starr (que não estava mais na banda quando morreu, no primeiro semestre deste ano), mas trazem também uma nova promessa: o vocalista William DuVall.

Para ir esquentando, veja abaixo o Alice In Chains tocando um de seus maiores clássicos, “Would?”, com uma canja especial de Phil Anselmo nos vocais. Phil estará também no SWU com o seu Down, então, comece a contar os dias para o SWU 2011, meu caro. Até a próxima!