Aonde você procura música para ouvir?

Convidado por esta coluna para falar sobre música, cá estou eu, disposto a colocar algumas observações sobre questões sonoras e práticas deste tema. E, lembrando que a sustentabilidade é o tempero oficial deste ambiente, tratemos de apontar soluções que amadureçam este caminho. Vocês topam?

Abrindo os portões

A música surge nas nossas vidas das mais variadas maneiras, (na festa, na merda, na glória, no risco, na hora de ninar e por ai vai). É ela quem traduz nosso estado de espírito e o espírito do nosso estado. Entoar cânticos de louvor, torcer para o nosso time preferido, fazer um refrão de protesto contra o alto preço das tarifas de transporte, enfim, como vocês podem perceber, para tudo isso é essencial música, som e ritmo.

Diariamente buscamos uma sonoridade que nos abasteça a alma, que nos acalme, que nos descontrole, que nos preencha, que nos represente e que nos dê o significado que o silêncio, por si só, é incapaz. O que quero dizer é que a música é algo natural e essencial do ser humano e, portanto, deve ser acessível, possível de se conceber e evocar, ou seja, essencialmente livre! Simples assim.

Bom, até aqui, tudo bem? Então, que tal subirmos um degrau? Porque agora é que entra a verdadeira questão: por onde você consome, aonde você procura música para ouvir? Radio? TV? Internet? CDs? Discos de vinil? Show?

Pensar nisso nos leva a outros questionamentos, como qual o meio (mídia) nos orienta em relação ao que devemos ouvir? É hora de lembrarmos do início do texto e refletirmos sobre em quais locais e momentos e música surge em nossas vidas.

É bem verdade que a partir desta resposta uma série de outros assuntos irá surgir: democracia na comunicação, políticas públicas, direitos autorais, rádios comunitárias, compartilhamento, censura, ECAD, jabá, gravadoras, enfim… nosso assunto sobre música e sustentabilidade começa agora!

Pense sobre isso, mas pense baixinho… você pode ser multado por musicar tuas idéias.

Volto já.