Homens escalam prédio, chamam a atenção e propõe reflexão!

Caro leitor SWU, vamos dar uma filosofada aqui: para que serve a arte?

Quem passou em frente ao SESC Pinheiros, em São Paulo, nesse último sábado, pode ver algumas pessoas caminhando pelas vidraças da fachada do prédio como se homens-aranha fossem. Malucos? Não, artistas.

O espetáculo Tempo Ausente, que fez parte da 7ª Virada Cultural neste último final de semana, em Sampa, fez sucesso, intrigou e arrancou aplausos das mais de 400 pessoas que se aglomeraram em frente aos 45 metros de fachada do prédio do SESC.

Lá no alto, com capas coloridas em tons rosa, laranja, verde e prata, os integrantes do Grupo Ares encantavam, entretinham e, ao mesmo tempo, questionavam: mas, pra que isso? Hum, começa aí a se desenhar a resposta à pergunta da primeira linha deste texto.

A resposta
“Todas as vezes que nos apresentamos é uma emoção, uma adrenalina”, diz Martin Sabatino, diretor e personagem da apresentação.

E o Grupo ARES, que é dirigido por Mônica Alla, tem de fato essa característica: buscar espaços alternativos e inusitados, propondo sempre a interação entre a arquitetura, o espaço urbano e a arte, levando suas criações para fachadas de prédios, viadutos e teatros.

Em um período que tanto se discute o aproveitamento e otimização dos espaços, a democratização da cultura, uma arquitetura sustentável que aproveite mais e gaste menos, por que não usar a arte (seja ela uma intervenção, uma exposição ou um mega show) para evoluirmos?

Mais que divertir, mais que educar, a arte pretende transformar. Por que esse prédio foi construído assim? Por que esses vidros, essa inclinação, essa localização? Por que ele existe? Quanto mais perguntas você formular, caro roqueiro, melhor!