Já são quase nove anos viajando o Brasil, cobrindo festivais, escrevendo sobre música e sobrevivendo de música. Mas, ao receber o convite para ser insider do SWU o desafio foi pensar em sustentabilidade além dos “porta-bitucas” e “palcos verdes”.
Lembrei de duas ocasiões onde era gritante a falta de educação e preocupação com o meio-ambiente: um passeio de balsa no poluído Rio Tietê na capital paulista e uma visita ao principal festival independente de Porto Velho (RO), que acontecia às margens do Rio Madeira.
Enquanto lá em Rondônia a poderosa correnteza do rio fazia desaparecer latas e mais latas de cerveja, jogadas sem nenhum peso na consciência pela molecada do festival que fazia pouco caso das sinalizações da produção, aqui, em São Paulo, a balsa penava para navegar no “pastoso” Tietê, infestado de garrafas pets.
É aí que você percebe que investir algumas horas do seu dia em separar o lixo reciclável ou em festivais que se preocupam em educar as pessoas a pensarem em práticas sustentáveis podem realmente fazer a diferença. Acredito que esse seja um caminho bem legal para explicar e promover a sustentabilidade.
Cirilo Dias é jornalista e editor do site Urbanaque.com.br. Para segui-lo: @cirilodias
esse festival ai nas margens do rio madeira deve ter sido bem loco