Já pensou numa forma de arte que crie mini ecossistemas? Não? Pois Anna Garfoth, sim! Com o projeto Mossenger, a londrina enfeita as paredes públicas com graffitis feitos de (acreditem) musgos. É isso mesmo: o método interfere no local em que é aplicado e muda a paisagem urbana sem agredir o meio ambiente em nada! É o mundo do graffiti verde.
A ideia é simples: se você fixa o musgo à parede com ingredientes biodegradáveis (Anna usou iogurte, por exemplo), ele tem grandes chances de crescer. E o processo é completamente natural e orgânico, ao contrário dos tradicionais sprays montados com produtos agressivos à natureza.
Ok, talvez a primeira coisa que nos vem à cabeça é fazer algum desenho. Mas, na sua primeira intervenção, Anna decidiu espalhar por Londres algo mais tocante: um poema escrito por sua amiga Eleanor Stevens. Cada quadra do bairro escolhido tinha um verso em suas paredes.
Fazendo escola
Outra artista que aderiu ao graffiti verde é Edina Todoki. Diferente de Anna, ela apostou em espalhar coelhinhos, cervos e pavões pelas ruas de Nova York, em uma ação de guerrilha para chamar a atenção das pessoas às deficiências da vida cotidiana.
Em entrevista ao site Inhabitat, ela conta que acredita que a relação de distância com a natureza já é algo clichê: “Isso é o que faz meu trabalho parecido com o graffiti, embora eu procure um significado social mais profundo e um diálogo com a memória dos animais e jardins do meu passado, numa pequena cidade européia”.
Tocante, não? E é fácil de fazer. Pra quem ficou interessado, é só juntar a consciência com os tutoriais de Moss Graffiti e sair pra deixar o seu recado. Convenhamos, uma ideia boa é aquela que nos faz parar pra olhar e pensar a respeito – coisa que tanto Anna quanto Edina conseguiram.
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Eu me lembro em um túnel de São Paulo, um artista fez inúmeros desenhos de caveira, porém ele não estava sujando o local. Ele estava limpando a fuligem que havia grudado nas paredes do túnel.
A prefeitura foi obrigada a lavar o túnel inteiro.
e curto muito o graffiti neste mundo que eu moro