Um pedaço da letra de “Let it be”, canção dos Beatles que o fotógrafo londrinense Luiz Augusto Rodrigues tem tatuada no braço, serviu de inspiração para o Projeto Música na Pele. Ele, que tinha o desejo de juntar fotografia, corpo e música, teve o insight ao olhar a própria tattoo. “Escrevi ‘it’s getting better all the time’ (outra letra dos Beatles) na mão, montei um tripé e fiz um autorretrato”, conta Luiz.
Sua foto e de alguns amigos foram parar em um álbum no Facebook e fez tanto sucesso que Luiz resolveu levar a brincadeira mais a sério. Assim nasceu “Música na Pele – Projeto Livro de Cabeceira”, cujo título foi inspirado no filme O Livro de cabeceira, de Peter Greenway, no qual uma das personagens recebia escritos no próprio corpo.
“O foco são as pessoas e o que a música significa para cada uma delas”, explica Luiz. Além de amigos, conhecidos e desconhecidos que pediram para serem fotografados, artistas
importantes da música também embarcaram no projeto. Lobão, Zeca Balero, André Jung (Ira!), Canisso (Raimundos), Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii), Fernando Anitelli (O Teatro Mágico) e Roger Moreira (Ultraje a Rigor) são algumas das personalidades que expõem seu corpo e sua música favorita no livro.
Exclusividade
Luiz já tirou ao todo 538 fotos e o processo para escolher as 101 que foram para o livro não foi nada fácil. “Foi dolorido”, brinca. “Os critérios que usei foram a mensagem que a pessoa quis passar e depois a beleza da foto.” Há também no livro um espaço em branco para quem comprar o livro colocar a própria foto. “Foi uma forma que eu bolei de que todos tivessem a foto no livro e que cada uma das limitadas 500 cópias fossem diferentes”, explica.
E quem compra o livro pode dar a sorte do próprio Luiz fazer a foto extra que entra no livro. “Meu maior sonho é que o projeto, ainda independente e sem patrocínio, viaje pelo Brasil. Então, pessoas que ainda não participaram podem ter a sua foto da primeira página.” Para fazer parte do projeto, entre em contato pela página do projeto.
Para Luiz, o mais legal de levar o projeto adiante foi poder perceber como a música pode ser um elemento de salvação nas vidas das pessoas. “Pintaram histórias lindas, de como canções específicas ajudaram a superar traumas como bullying, quimioterapia, desilusões e depressão”, enumera.
Depois do sucesso nas redes sociais e de exposições em Londrina, o fotógrafo espera rodar o Brasil com o projeto. “Estou muito aberto para levar essas fotos para todos os cantos. E também aproveitar a exposição fazer mais fotos pro pessoal.”
Veja na galeria mais fotos do Música na Pele:
(Caroll Almeida)