Os motoboys de São Paulo protestaram contra as novas regras para o setor nessa manhã de sexta-feira (1º). A manifestação chegou a tumultuar o trânsito da Avenida Paulista, já que as motos tomaram as faixas em um dos sentidos da via, deixando apenas uma faixa para os carros e ônibus.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 350 motociclistas participaram do protesto na Avenida Paulista, que foi organizada pelo Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas de São Paulo (Sindimoto-SP). Junto com um carro de som, usado para explicar o motivo do protesto, o grupo seguiu pelas vias em cortejo e parou em cruzamentos para buzinaços.
Os manifestantes querem um prazo maior para cumprir a nova regulamentação da profissão de motofretista, que passa a valer em todo o País a partir de sábado (2). A Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) passa a exigir que os motofrentistas tenham um curso de 30 horas e equipem o veículo com antena contra linha de pipa, protetor de perna e usar fitas refletivas na lateral e no baú do veículo, além de vestir um colete.
O Sindimoto, porém, alega que o curso teórico é oferecido há pouco tempo e muitos profissionais ainda não conseguiram vaga e tempo hábil. Das 39 cidades da região metropolitana, apenas três oferecem o curso, alega Gilberto Almeida dos Santos, presidente do sindicato.
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, dos 300 mil motofretistas da cidade, apenas 13 mil fizeram o curso exigido. A multa para aqueles que não seguirem as novas regras varia de R$ 85 a R$ 191 e o motoboy pode até ter a carteira suspensa.
O grupo preparou um documento em que pede o adiamento da fiscalização das novas regras. Ele será entregue no Ministério Público, na Rua Frei Caneca, e no escritório da Presidência, na Avenida Paulista.