O Brasil vai dar uma lição de responsabilidade social por conta da Copa do Mundo de 2014. Boa parte da mão-de-obra nos canteiros dos estádios-sede é formada por funcionários locais, entre eles ex-detentos e detentos que cumprem pena em regime semi-aberto, que terão suas penas reduzidas.
Contratar trabalhadores foi uma orientação passada pela Fifa, mas as cidades que vão receber os importantes jogos do Mundial foram além e contratam aqueles que são normalmente excluídos. A inserção faz parte de um Termo de Cooperação Técnica com o Conselho Nacional de Justiça, que prevê 5% dos postos de trabalho para detentos, ex-detentos, cumpridores de penas alternativas e adolescentes que infringiram a lei.
Benefícios
A cada três dias trabalhados, os detentos diminuem um dia na pena e ainda recebem uma bolsa de um salário mínimo. Após a adaptação ao canteiro de obras, os trabalhadores ainda participaram do Programa de Educação Básica e do Programa de Formação Técnica, com duração de oito meses.
As práticas de responsabilidade social adotada pelas construtoras – valorização da cidadania, respeito ao meio ambiente, inclusão da comunidade do entorno, geração de trabalho e renda – rende também um certificado à obra. Um exemplo é o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, que já conquistou a certificação de responsabilidade social internacional SA 8000 (Social AccountAbility 8000).
O certificado só é concedido aos empreendimentos que cumprem todos os requisitos de uma empresa sócia e ambientalmente responsável.