A instalação Parque das Árvores Queimadas, na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 realizado no Aterro do Flamengo, emociona quem passa pelos troncos e galhos pretos fincados ao chão. A mineira Lourdez Magalhães, de 52 anos, parou para observar a arte que, para ela, simboliza a destruição da natureza.
“É uma dor muito grande que sinto ao olhar essa obra. Tenho grande amor pelo meio ambiente e muito dó de nós, seres humanos, que ainda não entendemos que a natureza foi feita para o homem, e ela é a responsável pela nossa saúde e sobrevivência”, disse. O artista Zenildo Barreto, que percorre o mundo com o Parque das Árvores Queimadas desde 1986, quando instalou sua obra pela primeira vez no Teatro Castro Alves, na Bahia, chegou ao Rio de Janeiro com a missão de emocionar as pessoas.
“Quero despertar a consciência de quem passar pela Cúpula dos Povos, que elas se choquem ao ver esses troncos queimados, mortos. O que precisamos queimar é a nossa indiferença em relação ao meio ambiente, e não as florestas”, pontuou o artista.