Se você foi ao SWU Music & Arts Festival 2010 você lembra do labirinto de lixo instalado no meio da fazenda Maeda. Pois ele está de volta, ganhou uma nova versão, maior e duas vezes mais pesada, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Assinada pelo artista plástico Eduardo Srur, a obra, instalada na Praça da Paz, tem 400 metros quadrados e pesa 60 toneladas. O Labirinto é composto por 400 fardos de diversos tipos de materiais recicláveis, como garrafas PET, papelão, alumínio, embalagens tetrapack e de plástico.
Quem entra no labirinto de lixo é convidado a pensar sobre os resíduos que produz e como costuma tratá-los. “Mostra pra gente que precisamos cuidar de forma correta do nosso lixo, reciclar. Fico pensando que uma dessas latinhas de refrigerante deve ser minha”, brinca o atendente César Alves, 19 anos, que visitou a obra pela primeira vez nesta terça-feira (22). O amigo Bruno Fonseca, estudante de 17 anos, também gostou de conhecer o Labirinto. “A gente percebe que a gente não deve jogar o lixo fora. Ele pode ser usado para muitas outras coisas, como nesse caso, divertir e ensinar.”
Dentro do labirinto há espelhos e caminhos que enganam o visitante e fazem com que ele dê voltas e voltas pelo lixo. “Acho que a obra quer também mostrar pra gente como é viver com tanto desperdício ao redor”, arrisca César. Do lado de fora, para quem tem medo de se perder, há uma maquete que mostra os caminhos e onde ficam as duas únicas saídas do Labirinto. Os dois amigos completaram o percusso bem rápido, em menos de 3 minutos.
Provoca, lixo!
O artista plástico Eduardo Srur explica que o mais interessante dessa obra é ver que crianças e jovens acabam absorvendo melhor os conceitos passados pelo Labirinto e chegam a “ensinar” para os pais o que a obra quer dizer. “E a ideia é justamente provocar alguma reação na pessoa que está frente a frente com o lixo que produz”, disse Eduardo.
O Labirinto fica em exposição no Parque Ibirapuera até o dia 10 de junho e a atração é gratuita. No final da mostra, todos as 60 toneladas de material reciclável serão levadas para cooperativas de reciclagem parceiras do projeto.